domingo, 12 de julho de 2009

Uma estratégia para educação financeira II


Planos e metas para economizar

Na segunda parte da minha estratégia para educação financeira falarei sobre metas de economia porque meta é uma forma de nos motivar a economizar. Sem nenhuma meta a gente desanima, para de controlar os gastos e volta a gastar excessivamente, estoura o limite do cartão de crédito, cheque especial, etc.

Uma meta nada mais é que um alvo a ser atingido, um objetivo a ser alcançado. Minha estratégia consiste de 3 metas, a primeira de longo prazo, a segunda de médio prazo e a terceira de curto prazo. Minha visão de longo prazo é acima de 5 anos, médio prazo de 2 a 5 anos , e curto prazo de 1 mês a 2 anos.

Em minha primeira meta, meta de longo prazo, utilizo a regra do 70/30, onde gasto 70% do meu orçamento familiar (gasto fixo +gasto variável). Este é o teto de meus gastos mensais que acompanho com o auxílio de minha planilha mensal. Os outros 30% são destinados a investimentos. 10% são reservados para dízimo, pois precisamos retribuir a quem sempre nos ajuda nos momentos mais difíceis, os outros 20% eu divido entre as 2 próximas metas.

Na meta de médio prazo a gente precisa ter guardado pelo menos o equivalente a seis meses de salário pro caso de ficar em dificuldade, como quando o pagamento atrasa ou ficamos desempregados. Note que quando atingimos nossa segunda meta sentiremos um pouquinho de alívio porque teremos um dinheiro que suprirá nossas necessidades numa eventual crise no emprego.

Falando é muito fácil, mas para conseguir alcançar tal meta é preciso saber quanto depositar por mês para chegar lá. Para isso eu ensino as fórmulas fundamentais para alcançar a independência financeira:

Lembre-se que:

VP= valor presente

VF= valor final

VM= valor mensal

i= juros

n= total de meses

1) VP=VF/[(1+i)n -1]: Esta fórmula é usada para saber quanto temos que depositar todo mês para batermos nossa segunda meta. Após batermos nossa meta não precisaremos mais depositar nada nesta poupança a menos que saia um aumento salarial, promoção ou mudemos de emprego. Mesmo assim, nosso dinheirinho continuará rendendo.

2) VF= [VP.(1+i)n-1]/i: Use esta fórmula para saber quanto teremos daqui a um determinado período quando pararmos de depositar em nossa caderneta ou se depositarmos uma quantia única. Após concluir esta meta você pode continuar depositando até completar 1 ano (que é o ideal) ou abrir outra poupança para outros objetivos como pagamento antecipado de IR, IPVA, IPTU, ou outros impostos. Futuramente falarei sobre como aumentar o lucro de seus investimentos, pois caderneta de poupança rende apenas 0.5% a.m. + variação de TR.

3) VF= VM [(1+i)n-1]

.................i

Se você quer determinar quanto você pode depositar por mês, pode usar esta fórmula.

A terceira meta é de curto prazo. Tenha uma segunda poupança onde você depositará uma quantia mensal para satisfação de pequenos desejos como móveis novos, viagens, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, obras em casa, troca de carro, etc.

Encerro por aqui a segunda parte da minha estratégia de independência financeira. Comigo está funcionando assim, se você não concorda com algo que eu tenha dito fique à vontade para comentar, também aceito sugestões de estratégias mais eficientes.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Uma estratégia para educação financeira


Ser educado financeiramente é requisito fundamental para quem quer alcançar a independência financeira também chamada de “auto suficiência financeira" (que é quando a pessoa consegue se sustentar com o dinheiro vindo dos lucros de seus investimentos). Já imaginou pagar seus impostos e pagar suas contas sem depender do seu suado salário?

Pessoas que alcançam esse objetivo são pessoas livres para trabalhar naquilo que gostam sem se preocupar se são bem remuneradas, tendo também a alternativa de criar uma empresa no ramo que gosta. Também é possível decidir quando se aposentar sem depender da miséria que é paga pelo INSS e sem ter a obrigatoriedade de ter pelo menos 65 anos ou ter 35 anos de contribuição previdenciária.

Para ter educação financeira é preciso de muita dedicação e estudo.

Dedicação porque é extremamente necessário ser disciplinado no controle dos gastos. Precisamos inclusive controlar os centavos gastos para se ter o controle eficiente, para isso utilizamos o orçamento doméstico como fonte de informação. Estudo porque após você ter todos os seus gastos controlados você vai precisar conhecer as formas de investimentos disponíveis, quanto lucram, quanto o IR tem direito na participação dos seus lucros, etc.

Dividi esse assunto em cinco partes. Primeiro vou falar sobre o orçamento pessoal, na segunda parte falarei sobre metas para economizar dinheiro, reservas de emergência e antecipação de gastos; na terceira parte trarei a diferença entre poupador e investidor, na quarta parte falarei sobre imposto de renda e na quinta e última parte falarei um pouco sobre investimentos e seus riscos.

Nesta primeira parte falarei sobre orçamento pessoal, a forma que uso para controlar meus gastos. Vou mostrar minha planilha de orçamento doméstico, você pode copiá-la ou melhorá-la adaptando-a de acordo com seus gastos, por exemplo, eu não tenho carro, portanto, não preciso mencionar em minha planilha gastos com IPVA e Seguro.

Divido minha planilha em 3 grupos principais de gastos:

  • Gasto Fixo;

  • Gasto Eventual; e

  • Gasto Sazonal.


  1. Gasto Fixo: É a despesa que será cobrada todo mês como serviços contratados e/ou bens adquiridos em prestações. Em minha planilha estão:

    água, supermercado, celular, dízimo, gás, banda larga, telefone fixo, Itau Card, Real Card, luz, padaria, sacolão e transporte.

  2. Gasto Eventual: São despesas que ocorrem no decorrer do mês sem que seja obrigatório ocorrer em outros meses, e podemos evitar contraí-los. Esta categoria de gastos é a mais fácil de se eliminar quando estamos endividados. Fazem parte deste grupo a ajuda a terceiros, casa (móveis e utensílios), consertos, corte de cabelo, educação, estacionamento, lanches, livros/ revistas/ jornais, gasto pessoal( equipamentos eletrônicos e outros presentes a você mesmo), passeios, pequenos gastos (besteiras que compramos pela rua) remédios, restaurantes, viagens, bares, cinema, clube, diversão, praia e teatro.

  3. Gasto Sazonal: Despesas que são contraídas uma vez por ano. Você sabe que terá aquele gasto todo ano, podendo assim se programar para que não fique sufocado no fim do mês. Fazem parte deste grupo: Aniversários, dia das mães, dia dos namorados, aniversário de casamento, natal, páscoa, volta às aulas, Imposto de Renda.